A Sexta Semana: mais ajustes!
Antes de relatar esse sexto dia de encontro com as crianças, cabe apresentar melhor o Gibi que estamos utilizando. Como comentado anteriormente, o Gibi é do Tio Patinhas, chama-se “A Máscara de Carnaval” e apresenta 3 histórias: A Máscara de Carnaval, com 25 páginas, Um toque de Fraqueza, 2 páginas e Os Curandeiros dos Andes, 12 páginas.
Por conta da grande diferença entre os tamanhos das histórias, decidimos que reservaríamos 3 semanas para o desenvolvimento de “Um toque de fraqueza” – que apesar de curta apresenta muitos conteúdos interessantes –, 4 para “Os curandeiros dos Andes” e 5 para “A máscara de carnaval.
Julgamos que essa divisão nos dava tempo suficiente para trabalharmos bem os conteúdos de cada história. Porém, ainda no encontro da quinta semana, percebemos que havíamos dedicado tempo demais para a história mais curta. Algumas crianças, quando dissemos que íamos mais uma vez trabalhar com “Um toque de fraqueza” perguntaram porque não iniciaríamos uma história nova. E mais tarde percebemos que, embora ainda tivéssemos conteúdo programado para retirar da primeira história, parte da discussão havia sido antecipada, porque a grande participação das crianças na semana anterior nos levou um pouco para frente no programado.
Assim, ficou evidente que se essa sexta semana fosse também baseada em “Um toque de Fraqueza” poderia haver perda de interesse por parte das crianças. Como tínhamos uma reunião marcada na semana que antecedia esse sexto encontro, discutimos esse assunto. Um sugestão seria adiantarmo-nos no cronograma e começar a próxima história. Vimos que era inviável: se começássemos a fugir do cronograma, poderíamos nos perder, de modo a terminarmos o projeto antes do combinado com a escola. Depois de muita discussão, sugeriu-se que levássemos nessa sexta semana um texto fora do gibi, com assunto relacionado a este, para trabalharmos a questão da intertextualidade e os paralelos existentes entre histórias distintas. Todos concordamos que essa seria a melhor solução. Levamos para a sala o conto “O Peixinho Dourado”: a história de um pescador que encontra um peixe mágico e cuja esposa gananciosa exige que o peixe realize seus desejos. Escolhemos essa história justamente por tratar da relação do indivíduo com bens materiais, um ganhco para diversas comparações com a história do tio patinhas.
Apesar dessa mudança, mantivemos a nossa rotina inicial, explicando para as crianças que nesse dia, faríamos algo diferente, e ao invés de trabalhar com os gibis, leríamos uma nova história.
Havia comentado em outro post da existência de alguns indicadores. Antes de iniciar projeto, sentimos a necessidade de criar um modo sistemático de acompanhar individualmente a evolução de cada criança ao longo das semanas que estaríamos realizando as atividades. Para isso, resolvemos criar alguns indicadores: são planilhas onde preenchemos valores de 1 a 4 para algumas habilidades específicas. Há 4 indicadores de leitura: entonação, intensidade da voz, fluência, erros de leitura. Há também os indicadores de escrita, que visam a melhoria na ortografia e formatação dos textos.
Apesar de termos fugindo do planejamento, nada saiu do controle na sala de aula, a atividade transcorreu normalmente. Como a história foi um tanto longa, não tivemos tempo hábil para passar a atividade em classe. Assim, após fazer as discussões pertinentes e trabalhar com eles os paralelos entre as histórias, (mais uma vez, a participação das crianças foi bem animadora para nós), passamos a atividade para casa.
Até mais!
Ong Andorinha
Voando a favor da cidadania